Product Design na Prática

Hoje pela manhã, li um comentário feito pelo meu amigo Rodrigo Amado aqui no LinkedIn, em um grupo de discussão sobre processo de design, e reconheci uma verdade profunda em suas palavras. Daquelas que geram inquietude e vontade de escrever sobre.

Ele falou sobre como não reconhecer possíveis pontos de falha é, provavelmente, a maior fonte de retrabalho em projetos de produtos. E como isso, muitas vezes, nasce de um planejamento inadequado, da ausência de uma visão estratégica clara e, principalmente, da falta de valorização da pesquisa antes de criar qualquer solução.

Essa reflexão me tocou, porque é algo que observo com frequência: ainda há muita confusão sobre o papel do design no desenvolvimento de produtos. UX não é interface. Figma não é estratégia de produto. Visuais modernos e tendências estéticas não são, por si só, capazes de resolver os problemas reais dos usuários.

Por isso, é fundamental entender o contexto, ter uma visão de negócio clara e se aprofundar no problema que o produto está propondo solucionar. Independente da solução ser digital ou física, o design de produto precisa ser construído com base na experimentação, na validação contínua e na técnica — não apenas na intuição ou no gosto pessoal.

Projetar não é simplesmente criar algo bonito ou funcional; é resolver problemas da melhor maneira possível dentro das limitações técnicas, orçamentárias e estratégicas de cada projeto. E isso só acontece quando entendemos os usuários como pessoas reais, com necessidades, frustrações e expectativas.

Ignorar esses aspectos é caminhar rumo ao retrabalho, ao desperdício de tempo e recursos, e, pior, à entrega de soluções que não geram valor para ninguém. Por isso, mais do que nunca, precisamos reforçar: design não é só sobre estética, é sobre empatia, estratégia e responsabilidade.

Agradeço ao Rodrigo pela provocação e pela lucidez. Reflexões como essa são essenciais para evoluirmos, como profissionais e como área.

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