Autor: Rennan Mendes

  • Exercício de Mapeamento da Jornada do Usuário

    Exercício de Mapeamento da Jornada do Usuário

    Exercício de mapeamento da jornada do usuário

    Se você trabalha com produtos digitais no mercado financeiro — especialmente em plataformas de crédito, empréstimos ou análise de score — já deve ter percebido que entender o comportamento do usuário é essencial para reduzir taxas de abandono e aumentar conversões.

    Mas como fazer isso de forma estruturada?

    A resposta está no mapeamento da jornada do usuário, uma ferramenta poderosa que ajuda a identificar pontos de atrito, oportunidades de melhoria e momentos-chave na experiência do cliente.

    Neste guia, vou mostrar um passo a passo prático para mapear a jornada em um site de avaliação de crédito, usando exemplos reais e estratégias aplicáveis.

    1. Defina a Persona: Quem é o seu Usuário?

    Toda jornada começa com uma persona bem definida. Não adianta criar um fluxo genérico — ele precisa refletir as necessidades reais do seu público.

    • Nome: José Carlos
    • Idade: 35 anos
    • Perfil: Autônomo, busca empréstimo para expandir o negócio
    • Comportamento: Tem pressa, já pesquisou em outros sites, mas desistiu por processos burocráticos

    Como aplicar:

    • Colete dados de analytics, entrevistas ou pesquisas para tornar mais realistas.
    • Use foto e minibio no seu mapa de jornada para humanizar o processo.

    2. Estabeleça o Cenário: Qual é o Objetivo da Jornada?

    Um mesmo usuário pode ter múltiplas jornadas (simular crédito, comparar taxas, solicitar empréstimo). Por isso, defina um cenário específico para análise.

    Exemplo de cenário:

    “Avaliação de crédito para empréstimo pessoal em um site que oferece resposta rápida.”

    Por que isso importa?

    • Foca no momento mais crítico (a conversão).
    • Evita análises genéricas que não levam a insights acionáveis.

    3. Divida a Jornada em Etapas (Pré, Durante e Pós)

    Uma boa jornada deve cobrir todo o fluxo, desde o primeiro contato até a conclusão (ou abandono).

    Exemplo de etapas para um site de crédito:

    1. Pré-Simulação → Usuário descobre o site (Google, rede social, indicação).
    2. Acesso à Página → Chega à homepage ou landing page.
    3. Preenchimento do Formulário → Insere dados financeiros (renda, CPF, score).
    4. Avaliação das Ofertas → Recebe opções de taxas e prazos.
    5. Solicitação Formal → Escolhe uma proposta e envia documentação.
    6. Confirmação → Recebe aprovação ou negativa.

    Dica: Se uma etapa não existir no seu produto (ex.: comparação de taxas), ajuste o fluxo.

     

    4. Detalhe as Ações do Usuário e do Sistema

    Agora é hora de mergulhar nos detalhes. O que o usuário faz em cada etapa? E como o sistema responde?

    Exemplo (etapa “Preenchimento do Formulário”):
    ✅ Ação do usuário: Digita renda mensal e anexa holerite.
    🖥️ Resposta do sistema: Valida dados em tempo real e mostra mensagens de erro (se houver).
    ⚠️ Possível dor: Campos muito longos ou complexos que causam abandono.

    Como coletar esses dados?

    • Gravações de sessões (Hotjar).
    • Entrevistas com usuários reais.
    • Análise de taxas de saída em cada etapa.

    5. Identifique Atritos e Oportunidades

    Este é o ponto mais valioso do mapeamento. Onde os usuários travam? O que pode ser melhorado?

    Exemplos de problemas comuns em sites de crédito:
    ❌ “Usuário não entende o que é ‘score de crédito’ e desiste.”
    💡 Solução: Incluir um tooltip ou vídeo explicativo.

    ❌ “Formulário muito longo, o usuário não conclui.”
    💡 Solução: Quebrar em etapas ou permitir autopreenchimento.

    6. Revise e Ajuste (A jornada é viva!)

    A jornada do usuário não é estática. Conforme seu produto evolui ou novos comportamentos surgem, o mapa deve ser atualizado.

    Checklist de revisão:

    • Os passos ainda refletem a realidade?
    • Novas dores foram identificadas?
    • As soluções implementadas tiveram impacto positivo?

    Próximos Passos: Como Virar Insights em Ação

    Mapear a jornada é só o começo. Agora, priorize melhorias com base em:
    📉 Impacto no negócio (ex.: reduzir abandono no formulário aumenta conversões).
    ⚡ Facilidade de implementação (soluções rápidas vs. mudanças complexas).

    Exemplo de ações derivadas:

    • Integrar API de pré-aprovação para agilizar o processo.
    • Testar versões simplificadas do formulário (A/B testing).

    Por Que?

    No competitivo mercado de crédito, pequenas melhorias na jornada podem significar grandes ganhos em conversão e satisfação do cliente.

    Ao mapear cada etapa, você deixa de adivinhar o que o usuário precisa e passa a agir com dados concretos.

    Quer ir além? Experimente complementar a jornada com:

    • Mapas de calor (para ver onde os usuários clicam).
    • Pesquisas de satisfação pós-interação.

    Se aplicou esse método no seu produto, conte nos comentários: qual foi o maior insight que você descobriu?

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  • Product Design na Prática

    Product Design na Prática

    Product Design na Prática

    Hoje pela manhã, li um comentário feito pelo meu amigo Rodrigo Amado aqui no LinkedIn, em um grupo de discussão sobre processo de design, e reconheci uma verdade profunda em suas palavras. Daquelas que geram inquietude e vontade de escrever sobre.

    Ele falou sobre como não reconhecer possíveis pontos de falha é, provavelmente, a maior fonte de retrabalho em projetos de produtos. E como isso, muitas vezes, nasce de um planejamento inadequado, da ausência de uma visão estratégica clara e, principalmente, da falta de valorização da pesquisa antes de criar qualquer solução.

    Essa reflexão me tocou, porque é algo que observo com frequência: ainda há muita confusão sobre o papel do design no desenvolvimento de produtos. UX não é interface. Figma não é estratégia de produto. Visuais modernos e tendências estéticas não são, por si só, capazes de resolver os problemas reais dos usuários.

    Por isso, é fundamental entender o contexto, ter uma visão de negócio clara e se aprofundar no problema que o produto está propondo solucionar. Independente da solução ser digital ou física, o design de produto precisa ser construído com base na experimentação, na validação contínua e na técnica — não apenas na intuição ou no gosto pessoal.

    Projetar não é simplesmente criar algo bonito ou funcional; é resolver problemas da melhor maneira possível dentro das limitações técnicas, orçamentárias e estratégicas de cada projeto. E isso só acontece quando entendemos os usuários como pessoas reais, com necessidades, frustrações e expectativas.

    Ignorar esses aspectos é caminhar rumo ao retrabalho, ao desperdício de tempo e recursos, e, pior, à entrega de soluções que não geram valor para ninguém. Por isso, mais do que nunca, precisamos reforçar: design não é só sobre estética, é sobre empatia, estratégia e responsabilidade.

    Agradeço ao Rodrigo pela provocação e pela lucidez. Reflexões como essa são essenciais para evoluirmos, como profissionais e como área.

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  • Projetar para o Futuro: Um relato pessoal sobre ser Designer de Produto

    Projetar para o Futuro: Um relato pessoal sobre ser Designer de Produto

    Projetar para o Futuro: um relato pessoal sobre ser Designer de Produto

    Olá, pessoal! Tudo bem?

    Estou aqui para compartilhar um pouco da minha experiência 😊

    Atuo como designer de produtos digitais há pelo menos 6 anos e sempre me perguntei: o que posso fazer de melhor pelas pessoas? Trabalhar com criatividade e estar alinhado às necessidades dos usuários para resolver problemas do dia a dia é a minha maior motivação em ser designer!

    Gosto da ideia de olhar para um produto e enxergar o potencial de alcançar o maior número de pessoas — mesmo durante o processo de desenvolvimento. Afinal, acreditamos no que fazemos, e o que fazemos precisa fazer sentido para nós!

    Ao longo da minha jornada, percebi o quanto posso contribuir não só para melhorar a experiência dentro do produto, mas também para fortalecer o contato com o time de produto. Sempre buscando um caminho mais harmônico e colaborativo. Por isso, estou me esforçando e estudando Product Management.

    Hoje me sinto cada vez mais próximo de uma nova etapa de adaptação — talvez reflexo de um crescimento contínuo? Quem sabe? Mas acredito que a necessidade de buscar algo o novo, descobrir e alcançar novos conhecimentos, me estimula a procurar por cursos, pós-graduação e, até mesmo um mestrado — no futuro breve. Mesmo que, por ora, o futuro ainda pareça distante.

    Mas o papel de todo designer é justamente esse: projetar o futuro — ou melhor, como dizia um professor meu, projetar para o futuro!

    Espero que minhas palavras possam inspirar alguém, pois o melhor presente que o conhecimento nos oferece é justamente esse, a perspectiva.

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  • Benchmarking no Mercado Jurídico

    Benchmarking no Mercado Jurídico

    Benchmarking no Mercado Jurídico: um mergulho nas necessidades de advogados e analistas

    O Desafio Inicial

    Imagine um cenário onde:

    • Um advogado gasta 3 horas para encontrar jurisprudência relevante
    • Um analista judicial comete erros por falta de visão estratégica dos processos
    • Escritórios perdem casos por não anteciparem riscos

    Foi para resolver problemas como esses que mergulhei em uma pesquisa de benchmarking no mercado de ferramentas jurídicas. Durante semanas, analisei profundamente como os concorrentes abordam a análise processual — e descobri insights valiosos que compartilho aqui.

    A Estratégia de Pesquisa

    1. Seleção Inteligente de Concorrentes

    Escolhi 7 plataformas representando diferentes abordagens:

    • Gigantes consolidados como JusBrasil e SAJ
    • Soluções inovadoras como LexMachina
    • Ferramentas de nicho focadas em áreas específicas do direito

    A diversidade me permitiu identificar desde funcionalidades básicas até inovações disruptivas.

    2. Imersão Prática

    Para entender verdadeiramente cada ferramenta:

    • Cadastrei usuários teste em todas as plataformas
    • Simulei casos reais (desde busca simples até análises complexas)
    • Cronometrei o tempo para tarefas críticas

    Registro detalhado:

    • +100 capturas de tela organizadas por fluxo
    • +40 páginas de anotações sobre experiências positivas e frustrações
    • +10 gravações de tela para documentar interações

    3. Análise Estratégica

    Classifiquei as descobertas em três categorias cruciais:

    Obrigações de mercado
    Funcionalidades que todas as ferramentas precisam ter hoje, como:

    • Busca por número de processo
    • Visualização básica de andamentos
    • Download de documentos

    Diferenciais competitivos
    Recursos que poucas plataformas oferecem, mas que geram grande valor:

    • Análise preditiva de riscos
    • Mapa de relacionamento entre processos
    • Alertas inteligentes sobre prazos críticos

    Oportunidades
    Áreas completamente negligenciadas pelo mercado:

    • Análise de viés emocional em decisões
    • Ferramentas colaborativas para equipes
    • Integração com redes de relacionamento jurídico

    Descobertas Surpreendentes

    1. A Ilusão da Busca Avançada

    A maioria das plataformas se gaba de ter “busca inteligente”, mas:

    • 60% das ferramentas não entendem consultas em linguagem natural
    • Apenas uma oferecia filtros por sentimento da decisão
    • Nenhuma permitia buscar por padrões de comportamento judicial

    2. O Paradoxo da Automação

    Enquanto todas investem em petições automáticas:

    • A qualidade das sugestões varia drasticamente
    • Sistemas mais caros não necessariamente performam melhor
    • Ajustes finos manuais ainda são necessários em 90% dos casos

    3. A Lacuna da Colaboração

    Em uma era de trabalho remoto:

    • Apenas 2 plataformas permitiam comentários compartilhados
    • Nenhuma oferecia versionamento de documentos
    • Ferramentas de trabalho em equipe eram primitivas

    Oportunidades de Inovação

    1. Análise Comportamental

    Desenvolver algoritmos que identifiquem:

    • Padrões de decisão por juiz
    • Tendências temporais em tipos de ação
    • Correlações entre teses jurídicas e resultados

    2. Assistente Jurídico Preditivo

    Um sistema que:

    • Antecipe movimentos da parte contrária
    • Sugira estratégias com base em casos similares
    • Alerte sobre riscos ocultos em decisões

    3. Plataforma Colaborativa

    Solução que una:

    • Edição colaborativa em tempo real
    • Sistema de versionamento inteligente
    • Integração com redes profissionais jurídicas

    Lições Aprendidas

    1. Benchmarking vai muito além de comparar telas
      Descobri que a verdadeira inovação está em entender as dores não resolvidas por trás das funcionalidades existentes.
    2. Os melhores insights vêm da experiência prática
      Só entendi as verdadeiras frustrações dos usuários quando vivi na pele as limitações de cada sistema.
    3. O mercado está maduro para disrupção
      As ferramentas atuais resolveram problemas de 10 anos atrás — agora é hora de pensar nas necessidades da próxima década.

    Próximos Passos

    Com essas descobertas, estou:

    • Prototipando um sistema de análise comportamental de decisões
    • Validando conceitos com grupos focais de advogados
    • Desenvolvendo métricas para comparar eficácia real das soluções

    E você? Já identificou oportunidades ocultas no seu mercado? Que tal fazer seu próprio benchmarking estratégico?

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